Por documento iconográfico entende-se toda a
imagem pintada, desenhada ou esculpida que nos transmite informação sobre a
História e, através da qual, se pode conhecer melhor uma realidade específica.
Argan,
G. & Fagiolo, M. (1994), apresentam os seguintes métodos de observação de
documentos iconográficos:
Iconológico – Iconologia – Sufixo “logia” deriva de
“logos”, que quer dizer “pensamento”, “razão” – denota algo interpretativo.
A
Iconologia é um método interpretativo que advém da síntese mais do que da
análise. Este método parte da atividade artística e dos seus significados.
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Leonardo da Vinci, Madonna Litta, 1490-1491 |
Estruturalista – Este método foi posto
em movimento a partir do estruturalismo linguístico que se caracteriza pela
relação de equivalência entre um significante e um significado. Procura
instituir uma ciência absoluta, substituindo as diversas interpretações que
cada imagem pode ter, por uma definição mais rigorosa através da decifração por
parte do historiador das mensagens por sinais.
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Kandinsky, Unbroken Line, 1923 |
Formalista – O método formalista
pretende fazer a leitura da obra na sua dimensão material e formal: o
significado do significante. Este desvaloriza o sentimento ou emoções do
recetor e apela ao que o recetor vê a partir da observação, principalmente os
esquemas formais. As formas possuem um conteúdo significativo próprio e a
representação é individualizada. A representação do tema não é meramente
descritiva ou ilustrativa, mas universalizada ou idealizada onde impera a
perceção objetiva.
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Salvador Dali, The Persistence of Memory, 1931 |
Sociológico – A obra de arte é determinada por interesses
que a circundam, porque é influenciada e criada no interior de uma sociedade
específica. Tem em consideração a relação existente entre a sociedade vigente e
a experiência artística. É sempre questionada, promovida, avaliada, utilizada e
usufruída por um conjunto social. Influencia e é influenciada pela sociedade.
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Tarsila do Amaral, Operários, 1933 |
Referências:
Argan, G. C.; Fagiolo,
M., (1994). Guia de História da arte, Editorial Estampa, 2ª Edição, 35-40.
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